O que mais me incomoda no pretenso debate sobre a universidade pública

O que mais me incomoda neste pretenso debate sobre a universidade pública é a total ausência de propostas. Porque não é quem defenda a universidade a queira cristalizada, muito pelo contrário. Eu por exemplo sou plenamente a favor de:
Aproximar a pesquisa acadêmica de demandas da população, do Estado e das empresas/organizações.
Desvincular as tarefas de professor e de pesquisador, e tratar cada tarefa com critérios de avaliação específicos.
Desinvestir da produção de artigos e citações como medida de produtividade
Aproximar os projetos de Extensão de empresas, de modo a obter financiamento e continuidade.
Aprimorar o processo seletivo dos professores.
Aprimorar o processo seletivo dos técnicos.
Aprimorar o processo seletivo dos estudantes.
Tornar todas as aulas realmente públicas, isto é, gravá-las e disponibilizá-las em uma plataforma online.
Tornar as produções (teses, dissertações e artigos) públicas. Sim algumas já são, mas há inúmeras que não são. Assim como as aulas, disponibilizá-las de modo permanente em uma plataforma online.
O uso do COMUT, que é uma inovação interessante nas bibliotecas das universidade federais, torna possível o acesso de um estudante ou professor à biblioteca de outras cidades. No entanto, esta possibilidade também não é pública, pois requer um pagamento.
Estão aí dez propostas bem fáceis de executar. Mas não é nada disso que está sendo proposto em debate. Talvez porque a proposta esteja sendo feita por pessoas que não vivenciaram a universidade. O que está sendo proposto é uma desistência.